Onde encontro o tal orgulho?

sexta-feira, 14 de maio de 2010



Lendo o G1 hospedado no Globo.com encontrei uma notícia que para mim é deprimente. Para alguns pode ecoar como ‘orgulho de ser brasileiro’ – O Brasil está à frente dos Estados Unidos no quesito produção de automóveis. Inacreditavelmente, o quinto maior produtor do mundo.

O que justifica o fraco desempenho dos EUA, sinceramente, não me interessa. O que me deixa assustada (revoltada) é o valor que a gente paga para poder ter o conforto de andar no nosso próprio carro, me refiro ao popular mesmo, o verdadeiro filho da casa. Se a lógica é: Quanto maior o volume fabricado, menores são os gastos. Logo, menores seriam os preços. (?) Essa coerência não se aplica aqui.

O fato é que carro no Brasil custa bem mais caro do que no exterior. A diferença em relação a países como Estados Unidos, França e todos os outros do continente europeu é absurda. Nas viagens que faço ao lado do meu noivo sempre voltamos com um ar de lamentação quando comparamos os valores dos automóveis. A nossa última viagem, por exemplo, foi para o Chile, a prima vizinha, que dá um banho no Brasil quando o assunto é carga tributária, fora outros itens, que não vem ao caso agora. O valor do New Civic, por exemplo, era indubitavelmente mais barato do que o vendido aqui. Tudo bem, aí eu não falo de nada popular.

Se você nunca ouviu falar em Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), saiba que eles representam um grande percentual do valor que chega a você, consumidor brasileiro. No final deste ano, certamente, Deus escute a minha prece, serei mais uma molestada pelo nosso lindo governo. Espero, ao menos, que na minha época os buracos e quebra-molas sejam menos visíveis. :)

1 comentários:

{ Deraldo Neto } at: 14 de maio de 2010 às 13:39 disse...

Muito interessante este pensamento. Concordo em gênero, número e grau. "Eita paizinho miseravé" Um dia irei embora para Passárgarda e lá sentarei numa pedra redonda de quatro quinas, ficarei nú como a mão no bolso e irei ler um livro sem capa e sem página, cujo tema foi a decadência de um país que jamais existiu!

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